Proteja a sua relação, os pequenos conflitos são os mais perigosos!
Imagino que você, como a maioria das pessoas, não costuma dar muita importância aos pequenos conflitos do dia-a-dia de uma vida de casados, como por exemplo, uma pequena discussão sobre a escolha do restaurante, sobre o destino do próximo feriado ou sobre a cor ideal para a tinta da parede da sala. E agora você pode estar pensando: mas esses conflitos são normais, todos casais tem! Sim, é completamente normal que todos os casais vivenciem esses pequenos conflitos diários, porém, o que quase nenhum casal percebe, é que é justamente a atitude de subestimá-los que faz com que eles ganhem um poder cada vez maior e suficiente para, ao longo de vários anos, irem desgastando os relacionamentos, pouco a pouco… dia após dia.
Poderíamos pensar: ah não, acho que os conflitos mais graves é que devem ser os principais responsáveis pelos desgastes. Mas vamos refletir um pouco mais: quantos conflitos graves ou gravíssimos vocês já teve na sua relação? E qual a frequência desses conflitos? Com certeza eles tem um impacto negativo marcante, pois magoam e acabam muitas vezes sendo relembrados e remoídos por ambos. Mas e quanto aos conflitos pequenos, as pequenas discussões? Qual a sua frequência? De acordo com uma pesquisa feita na Inglaterra, com 3mil casais, apontou que os casais brigam 312 vezes ao ano, duração média de 10minutos e que a maioria dessas 312 brigas do ano acontecem por motivos banais (do controle remoto até a toalha molhada em cima da cama). As principais justificativas apontadas pelos casais foram as influências externas ao relacionamento, como estresse no trabalho, no trânsito, etc, que normalmente são levadas para casa e quando o cônjuge se depara com pequenos comportamentos que considera “irritante” no parceiro, ele tende a “explodir” e descontar o stress no outro, fazendo com que a situação tome uma proporção muito maior do que realmente tem. Os motivos principais foram: desorganização, roupas sujas no chão, toalha molhada na cama, prato com comida dentro da pia, não dar atenção ao que se conta, não abaixar a tampa do vaso, dominar o controle remoto, demorar demais para se arrumar, cabelo no ralo do banheiro, pedir favores em momentos inadequados, discutir relação em horas erradas.
E é aí que mora o x da questão! Como os casais não se dão conta de que elas podem ter tanto poder de interferir de forma negativa na relação, é natural que o comportamento mais comum seja o de ignorar, aquele famoso “deixa pra lá”. O problema é que com o tempo,esse acúmulo de pequenos conflitos faz com que a presença do outro seja menos prazerosa do que era no início do relacionamento… e infelizmente isso também acontece com todos os casais, mas o que podemos fazer para amenizar evitar que esses conflitos desgastem tanto os nossos relacionamentos?
Primeiramente, os casais precisam identificar alguns padrões de conflitos que se repetem no seu relacionamento; esclarecendo, muitos casais costumam brigar sempre pelos mesmos motivos sem se dar conta: são diversas discussões, por assuntos diferentes, mas que no final das contas sempre apontam para uma causa principal , como por exemplo, a disputa pelo poder. Alguns casais brigam por tarefas domésticas, pela escolha do restaurante, pela decisão da escola de inglês do filho, entre várias outras questões, porém em alguns casos a causa principal das discussões entre esses casais não é nem a diferença de opiniões ou a preocupação com a decisão em si, mas a necessidade que ambos têm de sempre dar a última palavra. Então, nesse caso, a competição é o que fala mais alto nesse casal. E já adiantando, sim, é possível que ambos consigam, juntos, modificar esse comportamento de forma a satisfazer os desejos e necessidades dos dois, mesmo tendo esse tipo de temperamento.
Existem também outros casais, que brigam com frequência, em lugares diferentes e por motivos aparentemente diferentes, mas quando param para analisar as causas dessas discussões, a raiz principal pode ser o insistente ciúme de algum dos parceiros, que pode ser sentido em relação a pessoas do mesmo sexo, amigos, passatempos ou até ao trabalho do outro… porque um deles pode sempre considerar os comportamentos do outro como uma demonstração de ser menos amado. Nesse caso, a causas principais gravitam em torno desse ciúmes, e que por sua vez, traz consigo, outras causas, muitas vezes despercebidas. Outros podem ter a mania de, ao invés de fazer críticas diretas ao parceiro, fazer críticas aos parentes do parceiro… e essa mania pode “permear” as discussões sobre diversos outros assuntos… e nessas situações, também há causas mais profundas e muitas vezes não percebidas. Porém, quando analisados de uma forma mais cuidadosa, esses conflitos podem ser amenizados, pois ambos poderão perceber a sua possível “contribuição” nessas situações.
E sim, esses conflitos são muito comuns, o problema é que, além de serem frequentes, subestimados, ignorados e terem as causas principais nem sempre tão visíveis, acabam acumulando também diversas mágoas, pois eles nunca vem sozinhos, mas sempre acompanhados de pequenas críticas diretas ou “disfarçadas” de ironias que , com o tempo, vão passando de um simples ” tudo bem amor, você nunca faz o que eu peço mesmo né”… ou um carinhoso “poxa amor, você tem que aprender a ser mais responsável com essas coisas… ” para um “$#@&%$@!!! você nunca faz nada pela gente mesmo!!! nem sei por que me casei com uma pessoa tão egoísta“, ou um “você é um(a) irresponsável mesmo”!! não sabe fazer nada direito!!
E assim, sempre irritados, os casais passam a discutir com uma frequência cada vez maior, por motivos cada vez mais diversificados, e começam então a se magoar-se e afastar-se um do outro, sem compreender o que está acontecendo com a relação, pois pensam : mas eu realmente amo essa pessoa, o que será que está acontecendo?
Essas críticas começar a ficar cada vez frequentes e a consequência é sempre a mesma para ambos: a impressão de não ser mais tão amado ou admirado.. E essa insegurança que começa, silenciosamente, a pairar no ar ( sem que nenhum dos dois compreendam e jamais comentem sobre ela) começa a desestimular as demonstrações de afeto dos dois parceiros: “Se ele(a) só me critica, porque eu vou ficar dando carinho e atenção? Eu não! Vou ficar na minha! Ele(a) que se aproxime se quiser”! Esses recuos, cada vez mais frequentes, acabam por reforçar, ainda mais, essa sensação de “não ser mais tão amado como antes”. A partir daí ambos começam, juntos, e sem perceber, a construir entre eles um muro afetivo, que se não começar logo a ser desconstruído, poderá afastá-los cada vez mais e começar a enfraquecer o amor , que passa não apenas a ser agredido, mas também deixa de ser alimentado. E o que podemos fazer para proteger a nossa relação?
Este é o objetivo do workshop Choices, que tem como proposta oferecer estratégias simples e eficientes que possam ajudar os casais a: identificar os diversos conflitos que tem ou poderão vir a ter em 15 diferentes áreas do relacionamento e compreender as causas principais desses conflitos. Apenas assim, ambos os parceiros poderão ter uma visão mais ampla das particularidades dos conflitos da sua relação, para que possam, juntos, amenizar e se prevenir contra esses pequenos mas perigosos inimigos dos relacionamentos. Muitos casais já se beneficiaram com os conhecimentos repassados no Choices, pois puderem aplicá-los na prática e perceber as diferenças no comportamentos de ambos. Se quiser ter mais informações e saber como funciona o workshop (que pode ser oferecido presencialmente ou online), clique AQUI.
E lembre-se, todo relacionamento pode ser transformado e fortalecido. Depende apenas da atitude de vocês dois, ou nesse primeiro momento, da sua, que está lendo esse post. Relacionamentos amorosos devem nos proporcionar , na grande maioria do tempo, prazer e alegria e não stress ou desconforto emocional… então, se a sua relação estiver abalada, busque sim formas de recuperá-la, assim você já estará fazendo a sua parte e acredite, sempre vale a pena lutar por quem você ama. E na realidade essa não é apenas uma pessoa, mas duas: o seu parceiro(a) e, principalmente, você mesmo(a).