A terapia de casal tem ajudado muitos cônjuges a recuperar os bons sentimentos e a transformar profundamente as suas relações, tornado-as mais saudáveis e prazerosas. Durante esse processo, o casal é beneficiado de diversas formas, que desde os seu padrão de comunicação, que passa a ser mais claro e assertivo, até a sua sexualidade, pois esta é considerada, por muitos, como um bom termômetro para indicar a saúde da relação.
Alguns casais podem demorar a procurar ajuda terapêutica, por não a considerarem eficiente ou mesmo por não querer admitir que essa necessidade. Mas o fato é que no mundo todo, milhares de casais tem percebido significativas melhorias em suas relações e felizmente, muitos desses casais acabam indicando a terapia a outros casais de amigos e então ajudam-nos também a superar as suas crises conjugais.
Mas o que podemos esperar de algumas sessões de terapia de casal? Será que elas realmente ajudam a melhorar o casamento? Vejamos algum dos benefícios desse tipo de tratamento psicoterápico:
Auxiliar no processo de individuação conjugal (1+1=2): realização dos potenciais da relação para o desenvolvimento mais pleno da personalidade de cada cônjuge e ajudar o casal a:
O terapeuta de casal poderá ajudar os cônjuges a melhorarem a sua relação ao analisar inúmeras informações, como os relatos trazidos pelos parceiros durante as sessões de terapia, os traços de personalidade de cada cônjuge, os seus relacionamentos familiares e sociais, os tipos de conflitos mais comuns no casal, a forma de comunicação de cada parceiro, as emoções que cada um expressa ou reprime em relação ao seu parceiro, entre outras. Ao reunir todas essas informações, e analisá-las com base em seus conhecimentos de psicologia (com foco em relações conjugais), o terapeuta será capaz de desvendar as raízes mais profundas dos principais pontos de conflito entre os cônjuges, que normalmente já não são mais tão nítidas, pelo fato de as crises da relação acabarem por encobri-las com tantos desentendimentos.
A terapia de casal busca ajudar os parceiros a buscar a melhor solução para os seus problemas, seja ela obtida por meio da manutenção e melhoria da qualidade do casamento (que é, normalmente, o desejo da maioria dos casais) ou por meio da sua separação.
A terapia de casal portanto, auxilia os parceiros a enfrentarem suas dificuldades, abrindo espaço de diálogo e reflexão. Ao fazer a mediação, o terapeuta facilita uma comunicação muitas vezes difícil, uma vez que os ânimos ficam exaltados e a capacidade de escuta e disponibilidade para o outro se encontram reduzidas.
E como o terapeuta pode ajudar o casal a enfrentar essas dificuldades? Ajudando-os a conhecerem melhor as características mais intrínsecas da sua relação, as raízes das suas dificuldades de comunicação e os mecanismos de defesa presentes no vínculo. Para isso, o terapeuta reúne informações que vão desde uma análise do contexto em que se dá a vida cotidiana do casal (sobretudo os conflitos), até informações sobre suas experiências familiares, afetivas e sociais e as também as informações contidas nos seus relatos, por meio das emoções e reações dos parceiros no momento em que relatam as suas vivências conjugais. O terapeuta busca também identificar as expectativas, projeções e fantasias dos parceiros, um sobre o outro e também a respeito das suas visões sobre um casamento “ideal”, para que possam ser trabalhadas no sentido de ajudar o casal a conviverem de forma mais eficaz e realista.
Além disso, durante a terapia de casal, o profissional busca também esclarecer aos parceiros, as formas pensar e agir de cada um, apoiando-se na identificação de suas diferentes personalidades, o que inclui seus temperamentos natos, de seus tipos psicológicos e outras tendências de comportamento diante de diversas circunstâncias, pois a falta de compreensão acerca dessas diferenças é o que muitas vezes causa grandes transtornos, pois muitas vezes os parceiros apresentam formas completamente opostas de compreender e lidar com a realidade que os cerca. Com a análise e o consequente esclarecimento sobre os problemas de comunicação entre o casal e suas diferentes formas de enxergar os seus conflitos, o terapeuta pode ajudá-los a se comunicarem e a se compreenderem de uma forma nunca conseguida antes, amenizando assim muitos dos conflitos da relação e também, ajudando o casal a se prever contra possíveis novos conflitos, que poderão ser superados de uma maneira mais assertiva e menos degastante.
Essas são apenas algumas das formas pelas quais a terapia de casal pode ajudar a melhor a relação dos cônjuges. Na prática, as estratégias são numerosas e variam sempre de acordo com a situação atual e as personalidades presentes em cada casal.
Veja um resumo dos objetivos da terapia de casal:
A primeira sessão pode ocorrer com o casal ou com apenas um dos cônjuges, porém é importante que ambos saibam que as sessões deverão ser sempre muito transparentes e também que o terapeuta nunca estará “a serviço de apenas um dos cônjuges”; pois o papel do terapeuta não é o de “dar razão” a um ou ao outro parceiro, mas sim de ajudar ambos a encontrar as melhores soluções para seus conflitos, de uma forma eficiente, madura e principalmente, duradoura pois, além de possibilitar uma melhora significativa na situação atual do casal, um bom terapeuta deve estar apto a capacitar o casal para que este possa se prevenir e também lidar com possíveis novos conflitos de forma muito mais rápida visto que, após a terapia, eles terão uma compreensão muito mais clara sobre os seus desentendimentos, tanto em relação a sua comunicação como em relação ao que eles realmente buscam e podem oferecer um ao outro.
Temos as respostas para as suas dúvidas então fique à vontade para entrar em contato conosco, ou então nos informar seu telefone para que possamos ligar para você.
Será que no meu caso específico a Terapia de Casal funcionaria? Sim, a Psicologia se adapta aos mais diferentes padrões de relacionamentos, portanto, apenas nos diga o que está ocorrendo que poderemos sim ajudá-los.
Meu marido/esposa não acredita em Terapia de Casal, o que devo dizer para fazer com que ele(a) pelo menos tente? Para isso precisamos saber o motivo principal dessa resistência e ajudá-lo a conversar com seu parceiro(a) focando exatamente na dúvida/receio dele(a).
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Não permita que os conflitos se acumulem e desgastem a sua relação. Entre em contato conosco para que possamos pelo menos tirar suas dúvidas antes de você tomar a sua decisão.
Porém, caso você ou seu parceiro(a) não desejem fazer uma terapia de casal nesse momento, a nossa sugestão é o Workshop Choices | Coaching para Casais, um workshop online de apenas 12 horas (3 horas por semana) que oferece ferramentas práticas e eficientes para que os casais possam:
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A qualidade de vida dos seus próximos anos estão em suas mãos, o que você vai fazer com eles? Ler esse site ao buscar conhecimento e ajuda já é o primeiro passo dado. Parabéns pela atitude de coragem, siga em frente pois você está no caminho certo.
Cordialmente,
Cintia Fernandes.
Psicóloga especializada em Terapia de Casais | CRP – 08/23079
Atendimento em consultório (Curitiba), online ou a domicílio.
Segunda à Sexta: manhã/tarde/noite. | Sábados: manhã
Brigas e discussões são sempre causadas por diferenças na visão dos parceiros sobre uma mesma situação. Assim como costuma-se dizer que conversas sem quaisquer contrariedades e opiniões diferentes não levam a lugar algum, a total inexistência de discordâncias acaba por estagnar o desenvolvimento da relação, que se mantém sempre igual, e o casamento se findará por falta de vida e transformação.
Portanto, como tudo que é vivo, a relação conjugal deve ter os momentos de encontro e os de confronto, nos quais a vivência das polaridades possa trazer transformações. Como diz o provérbio que intitula esse post: ” casal que não briga, separa-se”, as diferenças devem sim ser vividas, pois, se ficarem reprimidas, acabarão desgastando e destruindo a relação, com mágoas e ressentimentos.
Se uma pessoa se casa com outra que sempre concorda com seu comportamentos porque pensa e age da mesma forma ou que não concorde mas ainda assim, nunca nunca se oponha às suas visões de vida, ambas estarão impedindo o tão desejado desenvolvimento de suas personalidades e consequentemente, da sua relação, que se tornará uma experiência monótona e sem qualquer desafio.
Isso explica porque o chamado “princípio dos opostos” é a base pela qual o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Jung procura entender o desenvolvimento do ser humano. Através dessas polaridades, tentamos compreender os fenômenos do mundo por meio da lógica dialética, como uma luta entre forças opostas, numa contínua tensão dinâmica. Dessa vivência polar ( entre dois pólos diferentes) resultam transformações e uma evolução, pois os contrários tem uma função reguladora.
Imaginem a relação entre duas pessoas extremamente focadas na sua vida profissional; o mais provável é que elas canalizem tanta energia para o trabalho que a sua relação acabe por se tornar cada vez mais enfraquecida, pois todas as áreas da vida devem receber algum nível de atenção, embora obviamente, as prioridades entre umas e outra possam ter diferentes pesos em cada fase da vida.
O relacionamento entre duas pessoas extremamente sociáveis também poderia acabar por ruir a saúde do casamento, pois provavelmente ambos focariam tanta energia no ambiente social (parentes e amigos) que as suas vivências mais íntimas abariam tornando-se amenas e superficiais.
Portanto, deve sim haver “discordâncias” em todas as áreas e momentos da vida de cada casal, para quem ambos possam perceber a possibilidade de caminhos diferentes e possam então equilibrar as suas escolhas e atitudes.
O foco excessivo no cuidado com as crianças em detrimento da sexualidade do casal, o foco excessivo no trabalho, na vida social ou na individualidade em detrimento da relação conjugal, entre outras atitudes de exagero devem ser sempre revistas e desafiadas para poderem ser equilibradas.
A tensão entre os opostos gera uma tensão energética. Essa tensão pode ser reprimida (opiniões diferentes são guardadas, causando a estagnação na relação) ou liberada ( por meio da exposição das discordâncias) e é a liberação de energia possibilitada por essa tensão que trará mais vivacidade e crescimento para a relação.
Portanto, opiniões e diferentes visões de vida pode ser extremante úteis à relação, caso sejam expostas e trabalhadas de forma madura, ou seja, por meio de discussões saudáveis, através uma comunicação limpa, clara, sem preconceitos e, principalmente, sem agressões.
Essa forma de comunicação madura pode ser alcançada por meio de ajuda terapêutica, pois com a terapia de casal um passa a compreender melhor a forma de pensar e de agir do outro parceiro e assim conseguem se expressar e se fazer entender de forma mais assertiva e ambos passam então a refletir e a ponderar os seus comportamentos de uma forma mais equilibrada.
Os dois tipos de conflitos mais comuns nos casamentos envolvem o que denominamos de Simbiose Criativa ou Simbiose Dissociativa.
Traduzindo para a nossa linguagem, os casos de Simbiose Criativa são aqueles em que ambos reclamam um do outro e exigem que o parceiro satisfaça o ideal de seu oposto, inclusive de sua função inferior, ou seja, são pessoas que se unem a outras pela famosa ideia de que “os opostos se atraem”. Essas pessoas normalmente se unem umas as outras por enxergarem no outro características que elas admiram e desejariam ter em si mesmas e que, em alguns momentos, podem até causar inveja do parceiro que as possui. Alguns exemplos muito comuns são casais onde encontramos uma pessoa muito tímida e outra muito extrovertida ou uma pessoa muito sociável e outra mais reservada, etc. Nesses casos, temos conflitos dentro de um desenvolvimento criativo pois, cada parceiro, no fundo, deseja ter, também para si, alguns aspectos da personalidade do outro. Por essa razão a abertura e a disposição de ambos os parceiros para as sessões de terapia de casal são maiores, pois há um interesse muito mais imediato de desenvolver, em si mesmo, aquilo que o outro desempenha. À medida que essa simbiose criativa for sendo elaborada pelo casal sem conflitos destrutivos (pois conflitos sempre existem e podem até ser construtivos), obviamente este casal estará bem e não precisará de ajuda terapêutica, pois estará evoluindo dentro de uma dialética criativa (ou seja, auxiliando o desenvolvimento de suas personalidades). Caso essa forma de união (pela simbiose criativa) esteja trazendo conflitos destrutivos ao casal, aí sim temos uma situação na qual a terapia de casais é altamente indicada e deve ser procurada, pois em outro caso, esses conflitos poderiam levar o casal à separação.
Nos casos de Simbiose Criativa, seria portanto um desperdício enviar tais casais para a terapia individual, pois se perderia uma oportunidade única para um trabalho produtivo, visto que é exatamente este tipo de relação de simbiose que oferece a maior possibilidade de desenvolver e fortalecer a relação, o que não ocorreria se estas pessoas estivessem separadas, ou seja, essa grande oportunidade de desenvolvimento de suas personalidades depende dessa relação.
O segundo tipo de conflito muito comum nos casamentos é a chamada Simbiose Dissociativa. Ocorre quando os parceiros se unem por enxergar no outro aspectos que eles rejeitam ou abominam em sua própria personalidade. Nesses casos, um parceiro “usa” o outro para atacar e destruir os seus opostos e, principalmente, a sua função inferior, que foi no outro projetada ou totalmente depositada. São pessoas que criticando e acusam tanto o seu parceiro que fazem seus parentes e amigos não compreenderem como ainda assim eles podem estar juntos. Por exemplo, uma pessoa que se sente, de forma inconsciente, intelectualmente inferior a outras (mesmo que possa não ser) e não admite essa ideia sobre sua própria personalidade, poderia se unir a outra pessoa que ela considera, de forma inconsciente ou consciente, intelectualmente inferior (mesmo que também não seja). Ao se unir com essa pessoa a primeira passaria a criticá-la constantemente por considerá-la “intelectualmente inferior”, sem perceber que essa é a imagem que ela rejeita e abomina em si mesma. Essa rejeição é tão forte que faz com que as críticas não sejam comuns, mas que sejam críticas constantes e carregadas de grande amargura e ódio por ambos os parceiros, que mesmo brigando constantemente, sentem que praticamente “precisam um do outro”- necessidade que realmente ocorre porque ambos precisam um do outro (por isso o nome simbiose) para complementar as suas neuroses e suportar as suas próprias “sombras”. Ocorre entre eles uma constante ativação de um mecanismos de defesa (que todos podemos apresentar em maior ou menor grau) que chamamos de projeção (projetar no outro as suas sombras, ou seja, “transferir” para o outro algo que se rejeita na própria personalidade, visando uma proteção da sua auto-estima). Devido ao comportamento ser o mesmo para ambas as partes, não há condições de nenhum dos parceiros de receber essas projeções (essas críticas) e elaborá-las de maneira construtiva. As brigas são tão desgastantes que impedem que o amor conjugal possa florescer e por essa razão o ideal é que ambos recorram, urgentemente, a terapias individuais caso desejem manter a relação atual ou até construir uma relação saudável com outro parceiro, pois caso não sejam tratadas, essas pessoas tenderão a buscar outros parceiros que se comportem da mesma forma (complementando também a sua necessidade de projeção).