Antes de dormir você costuma colocar o despertador para tocar mais cedo, para ter alguns minutos a mais de sono e assim ter o prazer de poder dormir um pouco mais no dia seguinte e não se sentir tão cansado… afinal será, como sempre, mais um dia “daqueles” .
Talvez também tenha investido tempo e dinheiro em cursos para poder ter um salário melhor.
Talvez você frequente ou esteja planejando frequentar uma academia para cuidar mais da saúde e se sentir mais satisfeito ao ver a própria imagem refletida no espelho (mais uma vez, investindo tempo e dinheiro).
Você liga de vez em quando para os seus pais, para matar as saudades, contar alguma novidade, desabafar ou apenas para que eles não se sintam muito “abandonados”…
Algumas vezes você procurar economizar passando alguns finais de semana em casa para poder economizar e realizar aquela viagem de final de ano, a qual você e sua esposa ou marido tanto desejam.
Você talvez tenha se esforçado para acordar mais cedo para preparar parte do almoço, já que não terá tempo de preparar tudo ao meio-dia, porque precisa levar o Mateus e a Maria Júlia para a escola.
Pode ser também que esteja trabalhando muito mais horas por dia para conquistar aquele cliente do qual você tanto precisa para poder receber um salário melhor e pagar para que alguém possa cozinhar pra vocês.
Você pode estar investindo tempo e dinheiro em um curso de inglês para ter mais oportunidades de carreira na empresa.
Ou, quem sabe, estar estudando arduamente para um cursinho preparatório, assim quando passar em um concurso poderá, finalmente ter mais estabilidade!
Você pode estar cortando alguns cinemas e almoços em restaurantes nos finais de semana para poder economizar um pouco e dar entrada no carro novo… pois já se passaram 7 anos e você anda apreensivo porque ainda não pôde trocar o seu.
Provavelmente você esteja sempre muito cansado(a) para chegar em casa e ouvir com paciência o que a sua esposa/marido tem para contar sobre o dia dele(a).
Pode ser que tua esposa ou marido tenha ficado triste quando, naquela quarta-feira ele(a) queria conversar mas você teve que ficar acordado(a) até 2h da madrugada para terminar a sua planilha de controle das finanças da família, e ele(a) teve que ouvir um “agora não, estou terminando um negócio muito importante aqui e amanhã ainda tenho um MONTE de coisas pra fazer”.
Pode ser que ele(a) esteja triste até hoje por isso. Muito provavelmente ele(a) nunca lhe dirá isso, até porque compreendeu e acabou relevando na hora….e também porque nem mesmo ele(a) percebe o quanto esses constantes “agora não porque…” tem se acumulado em seu coração como pequenas sensações de descaso.
E provavelmente você não fará nada a respeito simplesmente porque, na pressa do dia-a-dia, pode nem ter percebido que ele(a) anda mais calado(a) e menos sorridente…
MAS a casa está limpa e organizada. Teu chefe tem andado mais satisfeito com o seu desempenho ou sua empresa talvez esteja crescendo em faturamento. Seu carro, em breve, será novamente um carro “do ano”. Você conseguiu emagrecer 4Kg e começou a tomar vitamina D para diminuir a fadiga. A “caixinha” da viagem já tem alguns mil reais a mais e talvez vocês até possam estender a viagem por mais alguns dias..
Que bela sensação de missão cumprida… todas as coisas estão caminhando do jeito certo. O “único problema” é que você está louco(a) para fazer essa viagem em dezembro mas a sua esposa(marido) não parece estar tão animado quanto você….E você diz: “Mas justo agora que as coisas estão indo de vento em popa? Qual é o problema dessa vez? Você só reclama mesmo não é!!??”
Quanto tempo você investe por dia para o seu casamento…?
Quantas vezes por semana você diz ou pelo menos demonstra, com qualquer mínima atitude que seja, o quanto o(a) ama?
Quantas vezes por mês você se deitam um pouco mais cedo para poder conversar sem pressa?
Quanto tempo você investe por dia para tornar seu casamento melhor? Para terem mais cumplicidade?
Quantas vezes por semana você a(o) olha dentro dos olhos como quem demonstra estar realmente presente?
Você sabe dizer o quanto ou até SE a sua esposa ou marido está realmente se sentindo amado(a) por você?
Quanto tempo por dia você tem investido em “coisas realmente importantes”?
Pode ser que todas elas sejam sim importantes. Mas talvez você esteja “apenas” cometendo um erro de prioridade e assim, construindo um castelo de areia.
E o seu castelo, do que é feito?
Cintia Fernandes
Psicóloga e Terapeuta de Casais
O processo de individualização no relacionamento pode ocorrer de duas formas. A primeira delas seria as individualidades de cada um postas em via de mão dupla. A outra seria a sobreposição da individualidade de um sobre a do o outro na relação, o que poderia ocorrer de forma não saudável.
A forma de lidar com a sua individualidade no relacionamento faz parte da forma única pela qual cada pessoa lida com seu mundo particular, que inclui conteúdos internos advindos de sua bagagem emocional por tudo o que aprendeu e absorveu durante a vida: experiências positivas e negativas com pais, irmãos e outras pessoas importantes (principalmente na primeira infância e adolescência), traumas, experiências de relacionamentos anteriores, emoções contidas e nunca expressadas, aprendizados específicos da sua cultura, etc.
E qual a importância dessas particularidades se encontrarem como casal? Quando as duas individualidades são respeitadas e postas em ação complementar, o casal consegue ter melhor desenvolvimento e crescimento pessoal e como casal. Reconhecem que suas historias são diferentes e respeitam cada um a forma de ser do outro.
Você pode dizer: “Mas e se ele(a) me machuca pela formas de agir nessa particularidade, mesmo assim devo respeitá-lo(a)? Quando algumas atitudes não agradam o parceiro, isso não quer dizer que não possa haver crescimento e amadurecimento de ambas as partes. Tudo é questão de conversar entre o casal e encontrar a melhor solução. Primeiramente precisa-se dizer ao parceiro(a) que tais atitudes geraram algum desconforto, pois se não for dito como o cônjuge saberá que determinada atitude lhe incomoda? Lembre-se sempre de que “o que não foi dito, não foi ouvido e às vezes mesmo dito não é ouvido”. Então poupe-se de ficar bravo(a) ou emburrado(a) diante das atitudes sem dele(a) sem ao menos ter comunicado ao parceiro(a) que tal atitude o(a) incomoda; isto não é saudável, vá para ação e diga como se sente! 😉
Percebemos que nesse processo o cônjuge que não fala a respeito do que o incomoda, acaba sabotando a própria individualidade, passando por cima de crenças muito significativas, advindas de sua bagagem emocional. Não estou falando aqui de uma simples toalha molhada na cama ou a escolha do restaurante para o jantar e sim de atitudes muitas vezes agressivas e violentas psicologicamente, que oprimem o parceiro e o fazem perder a individualidade e autoestima, podendo prejudicar o sistema familiar como um todo.
Quando proponho que essas particularidades devem se encontrar, não é por competição e atrito entre ambos e sim um encontro na qual o percurso foi de mãos dadas, caminhando os dois na mesma direção, respeitando cada um suas individualidades, se fortalecendo através dessas diferenças, utilizando-as para que possam complementar um ao outro. Reconhecendo essa via de mão dupla e o quanto a individualidade de cada um pode acrescentar ao outro, o casal se desenvolve e cresce, reduzindo as brigas e aumentando o amor e a paz entre a família.
Muitas vezes não é fácil aceitar as individualidades e particularidades do cônjuge, algumas atitudes muitas vezes são visivelmente inaceitáveis, mas lembre-se de que você também erra; respire, olhe para o interior dele(a), reconheça as diferenças, levante-se e tente compreendê-lo(a) e conversar novamente, pois se vocês levantarem juntos e de mãos dadas, pode ser que a recomposição seja mais rápida, madura e satisfatória para ambos. Às vezes este processo de reconhecimento e respeito pessoal de cada particularidade só é possível obter através da psicoterapia, pois o profissional de fora da situação consegue ver possibilidades de reconstituição de vínculo entre o casal, visando e respeitando ambas as individualidades e não sobrepondo uma individualidade sobre a outra. E não tem nada de “estranho” ter um profissional auxiliando nesses momentos, afinal nenhum de nós recebe um manual de instruções de vida e dos relacionamentos quando nascemos!
Psicóloga Brenda Chaves
A emoção do ciúme é uma das causas mais comuns de conflitos e brigas entre os casais. De todas as idades, sejam namorados, noivos ou casados; independentemente do quanto se ame, do quanto se demonstre esse amor ou de quanto tempo estão juntos, com ou sem histórico de infidelidade.
E por emoção e não sentimento? Aí é que está um dos primeiro fatores que fazem do ciúme um problema: sentimentos são conscientes e por isso podem ser avaliados pela razão e portante serem controlados: ou você acha algo (ou alguém) “bom” e gosta, ou acha algo(ou alguém) “ruim” e não gosta. O ciúme, por sua vez, é chamado de emoção porque não está ligado à razão. Claro que, se alguém perceber uma terceira pessoa se aproximando de forma insinuante do seu marido ou esposa irá perceber de cara e sentir um certo ciúme, que é uma emoção natural ligada à ameaça e ao medo da perda, masssss a questão é que muitas vezes o ciúme surge como uma emoção inexplicável até mesmo pelo próprio parceiro que sente. Ele ou ela diz: “Eu sei que você me ama, eu sei que você demonstra, que nunca me traiu e é fiel, mas mesmo assim…. eu sinto e não sei o que fazer com isso!” . Sim, porque os pensamentos (razão) são conectados em uma parte do cérebro, e as emoções, em outra. E é por isso que as emoções são sentidas de repente, sem termos avaliado racionalmente se deveríamos ou não ter sentido aquela emoção.
O ciúmes surge de uma parte do cérebro mais primitiva, a Amígdala, que é responsável por “avisar” aos animais e aos humanos que eles estão em “perigo” e esse aviso cerebral faz com que logo se responda, ficando em estado de alerta e defesa ( por isso o ciumes costuma deixar as pessoas muito irritadas e até agressivas). A pessoa vê alguma cena ou alguma mensagem no celular por exemplo, aquele sinal de “perigo” é enviado à Amigadala e em em alguns milisegundos a pessoa sente a emoção de medo (nesse caso da ameaça de perda do parceiro) e, antes mesmo de pensar racionalmente, é praticamente dominada por essa emoção tão incômoda.
E por quê algumas pessoas são muito mais ciumentas do que outras? Por quê eu consigo controlar o meu ciúme e meu marido ou esposa simplesmente não consegue? Por quê mesmo demonstrando e assegurando todos os dias a ele ou a ela que eu o(a) amo, ele(a) continua desconfiado(a) de mim??? O que fazer?
Primeiramente deve-se compreende que o ciúme não passa necessariamente pela razão. Ele é sentido instintivamente e dependendo da sua intesidade, ele poderá ou não ser avaliado e controlado depois pela razão. Portanto, o que faz com que algumas pessoas consigam senti-lo e controlá-lo é a força da emoção sentida. Isso não significa que se alguém não demonstra ciúmes não ama o outro. Mas que para esta pessoa essa ameaça da perda não chega a mexer com um trauma e por isso ela consegue sentir , analisar o ocorrido com a razão e então perceber que está tudo bem ( ou não, e nesse caso tirar uma satisfação, mas talvez sem muito “escândalo”). Mas trauma??? Sim!
O trauma da separação, da perda, do abandono, da rejeição… que pode ter ocorrido há muitos e muitos anos atrás, por um dos pais, mais precisamente na infância ou adolescência, ou claro, em uma relação amorosa anterior. Esse trauma pode ter sido causado porque o pai ou mãe morreu cedo, porque saiu de casa ou porque se divorciaram. Também pode ser causado por pais ou mãe que causam sensação de instabilidade na criança ou adolescente, demonstrando ou até mesmo dizendo que “vai acabar saindo de cada qualquer dia”, que “está pensando em se separar”, que “tem mesmo é vontade de largar tudo, casa e família e sumir”. Ou também por casos em que houve traição na família, por parte de um dos pais, tendo sido ou não perdoada e tendo tido ou não separação.
Mesmo que a criança ou adolescente passe por essa experiência de forma mais amena, a marca fica e, dependendo de todas as suas outras experiências de vida, esse “trauma” pode ser ou não elaborado e amenizado por outros eventos posteriores. Se for amenizado, a pessoa talvez não seja tão ciumenta.
Pode ser que a pessoa que sofreu esses traumas nem se lembre muito disso, mas isso também não significa que não sentiu, pois ela pode apenas ter bloqueado essa lembrança, que é o que muitas pessoas fazem em casos de dores muito profundas. Mas nos casos em que a memória ainda é muito viva, isso faz com que a pessoa sinta a emoção negativa do ciúme de uma forma muito mais intensa, e como mencionei, de forma inconsciente. Então mesmo dizendo “Eu sei que não tem nexo mas eu sinto ciúmes e não sei como controlar isso”! ela simplesmente sente e se incomoda…. muito.
Mas então como lidar com um marido ou esposa tão cimento?
Primeiramente, é importante assegurar sim a essa pessoa que ela é muito amada. Dizer, olhar nos olhos, pegar nos braços e fazê-la sentir que você está falando sério.
Depois você pode explicar o que aprendeu aqui a ela ( teria muito mais explicações a oferecer mas por ser um blog precisei resumir), e então perguntar se ela passou por alguma dor parecida (ver exemplos acima) em alguma época de sua vida (infância, adolescência ou relacionamentos afetivos anteriores).
Quando ela se lembrar você pode dizer a ela que provavelmente trata-se de uma trauma que talvez ela não compreenda muito bem como aconteceu e talvez nem saiba exatamente quando e de que forma, pois as experiências emocionais negativas muitas vezes acabam sendo bloqueadas , mas que podem ser reativadas sempre que acontece qualquer evento que o cérebro considera semelhante ( ex. ver o marido ou esposa conversando no whatsapp ou numa festa com um pessoa “suspeita”) .
Peça a ela para tentar se lembrar de qualquer situação parecida e que tente ligar essa experiência antiga à experiência atual, do ciúme. Assim, ela terá um pouco mais de noção da causa principal da intensidade tão inexplicável dessa terrível emoção.
Peça também para que ela (a pessoa ciumenta) procure avaliar a diferença dos dois eventos e também dos motivos que tem para acreditar no seu amor e acreditar que você está ali, sendo honesto(a) e fiel ao lado dela, não só hoje, mas durante todo o tempo que estão juntos. (Caso já tenha havido um caso de infidelidade isso será mais difícil, mas demonstre que agora você está ainda mais ciente do que sente, de que não quer mais causar sofrimento para ela e que está decidido(a) a se ser fiel para conseguirem resgatar e manter a qualidade do relacionamento). Para isso, façam, juntos, uma lista de motivos que demonstram que o ciúmes (caso realmente não tenha tido motivo) não faz tanto sentido assim: o quanto você diz e demonstra que a ama, o fato de nunca tê-la traído, o fato de você sempre procurar ser transparente nas coisas que diz e faz, entre outras evidências racionais.
Caso ela continue sentindo muito ciúmes mesmo depois de saber disso, que , infelizmente é o mais comum, é importante sugerir a ela que faça algumas sessões de terapia com o objetivo de descobrir todas as ligações entre fatos atuais, memórias cerebrais e emoções negativas (que incluirão, inevitavelmente, o ciúme), para ela possa, ao menos, quando sentir novamente, aprender a avaliar a sua validade racionalmente de forma a conseguir controlá-lo com menos dificuldade: “Se eu senti, tive mesmo razão para sentir? Se tive razão, ok, vou tomar uma atitude.” Dessa forma, ao compreender melhor todo o mecanismo que causa o ciúme descontrolado, irracional ou até doentio, o seu marido ou esposa passará a ter capacidade de , antes de reagir com desconfiança, raiva e/ou agressividade, avaliar racionalmente se está ou não tendo um real motivo para senti-lo.
Sentir ciúmes é natural e até saudável em certas situações, porém deve-se atentar para os que que parecem ter nenhum motivo, ou para os que passam a fugir do controle. Se quiser fazer um teste do seu ciúmes ou pedir para seu parceiro(a) fazer, clique AQUI.
E lembre-se, no caso de muitos ciúmes “sem razão aparente” um tratamento em terapia é realmente indispensável, pois por não terem conhecimentos em psicologia, nem você nem o seu parceiro(a) poderão resolver essa situação sozinhos, pois depende de um conhecimento mais aprofundado e principalmente de técnicas vivenciais específicas para identificar causas e elaborar essas experiências negativas que insistem em prejudicar a paz do seu marido ou esposa , a sua, e que acabam, consequentemente, desgastando o seu relacionamento. Não deixem de cuidar da sua relação, não permita que esses conflitos se acumulem, procurem ajuda o quanto antes! :). O ciúme é uma emoção muito comum e muito difícil de controlar quanto mais inconsciente e intensas as experiências da infância e adolescência, então não deve haver nenhum constrangimento em admitir e procurar tratamento! O que importa é a paz e a felicidade de vocês. Espero ter ajudado.
Cordialmente,
Cintia Fernandes
Psicóloga e Terapeuta de Casais e Adultos
CRP 08/23079
Um grupo de pesquisadores americanos nas áreas de psiquiatria, psicologia, sociologia, neurofisiologia, filosofia e direito apresentou um panorama sobre o impacto da pornografia sobre a sociedade e pela primeira vez o DSM 5, manual utilizado para fazer diagnósticos psiquiátricos, vai incluir as dependências de sexo e da pornografia como doença. Nessas pesquisas descobriu-se que a natureza realista e acessível de pornografia na Internet pode levar ao vício e pode ser tão grave a ponto de levar os usuários a perderem seus casamentos, famílias (o mais comum) e em casos mais graves, até empregos.
Veja abaixo alguns impactos negativos que a pornografia pode causar no seu casamento ou relacionamento e também o que fazer se você tiver um marido ou esposa viciado em pornografia:
Ela destrói o romantismo
Um homem viciado em pornografia acaba, aos poucos, perdendo a capacidade de envolver-se intimamente de forma romântica com sua esposa. Pelo contrário, ele tende a ser relações mais carnais e pode até passar a ter reações violentas durante as relações sexuais, pois a necessidade de se ter o prazer sexual de forma imediata passa a ter proporções maiores..
Causa insensibilidade emocional e pode levar ao abuso sexual
Mesmo que este marido realmente ame a sua esposa, ele estará sendo dominado por um desejo mais carnal, que o afasta – mesmo que ele não queira – de um amor mais profundo e verdadeiro. Em alguns casos pode até haver o risco de estuprar sua companheira ou fazer algo que cause a ambos a impressão de se estar chegado ao ponto de fazê-lo…. Uma vez tendo chegado a este ponto…imagine como você, marido ou esposa, se sentiria?
Isso pode ocorrer porque a necessidade de se ter o prazer sexual de forma imediata passa a aumentar a cada dia. Lembre-se que qualquer tipo de vício tem sempre um grande poder de destruição, pois o prazer esperado passa a se tornar prioridade, causando inclusive uma inversão de valores ( viciados em drogas que roubam os parentes que amam, viciados em pornografia que passam a ser egoístas e até agressivos com as esposas que amam…)
As esposas tendem a perder a atração pelo marido
Pelo fato se perceber este desequilíbrio na relação sexual, que passa a tornar-se muito mais carnal (prazer pelo corpo) do que íntima (prazer pela emoção) as mulheres perdem também a capacidade de sentir prazer e atração pelos seus companheiros na hora do sexo e então pode acontecer duas situações: ou perdem a vontade de ter relações com ele ou acabam também tendo que apelar para imagens pornográficas, que lhe vêm à mente, como forma de estímulo.
Acaba com a autoestima de quem a utiliza
O marido ou esposa que tem contato mais constante com a pornografia tende a comparar seus atributos físicos e seu desempenho sexual com o dos atores ou atrizes dos vídeos. Eles passam a acreditar que deveriam ser mais isso ou aquilo . Acaba se retraindo e gerando um trazendo problemas para a intimidade conjugal. Um adolescente que assiste pornografia pode começar a ter vergonha do próprio corpo ou então medo de decepcionar sua futura namorada ou esposa. E uma menina pode pensar que só será atraente se fizer cirurgia plástica para deixar o corpo avantajado.
Faz com que o cônjuge viciado perca a atração pelo(a) companheiro(a)
Ele tenderá também a fazer comparações e a mulher ou marido quase sempre sairá perdendo. Veja que essas comparações não são necessariamente conscientes. Se você for a pessoa que costuma procurar a pornografia , você pode estar pensando: “ mas que absurdo, eu sei muito bem separar a realidade da minha esposa ou marido com a realidades desses atores ou atrizes!” Mas o que acontece é que, conforme o tempo passa, o seu cérebro passa a necessitar de estímulos cada vez maiores para se satisfazer, o que logicamente você não terá em casa… então causam os riscos dos próximo tópico..
O vício cada vez maior pode desenvolver dependência de perversões
A pessoa leva tão a sério aquilo que vê ou assiste e nem se dá conta que são cenas surreais, puramente comerciais e que estão destruindo a sua capacidade de julgamento. Essas “doses” cada vez maiores de pornografia, incluem necessidades de estímulos cada vez maiores , que incluem medidas avantajadas de diferentes partes do corpo, quantidade de imagens, quantidade de pessoas, tipos de relação entre diversos outros estímulos que geram constrangimento até mesmo para quem se torna viciado neles… chegando a ponto de tornar o desejo sexual cada vez mais dependente de atos de perversão. Existem homens que chegam ao ponto de só sentir prazer com mulheres com seios literalmente gigantes a ponto de parecerem aberrações, entre outros exemplos… infelizmente esta é uma realidade. A mente humana é realmente muito fértil e se permitirmos que ela seja constantemente estimulada por essa energia tão negativa ela pode causar outros transtornos, veja a seguir.
Causa vergonha e culpa
A pessoa que sente necessidade muito grande de certos tipos de estímulos pornográficos passa a sentir culpada e a ter a sua autoestima abalada, podendo se sentir inadequada, e inapropriada, como se não fosse uma pessoa de valor como as que não tem a mesma necessidade. De fato esse vício faz com que a pessoa seja desvalorizada por si mesma e por outros, mas o importante é manter a mente a importância de se livrar dessa prática que, além de destruir a autoestima, os relacionamentos e as famílias de tantos homens e mulheres, causa diversos outros problemas como os que seguem.
Pode causar problemas disfuncionais
Estudos feitos com 28 mil homens comprovaram que o vício em pornografia causa disfunção erétil e impotência masculina. Não é preciso explicar o porquê, certo? O prazer e o desejo sexual dependem da qualidade e intensidade dos estímulos sensoriais, visuais, mentais e emocionais que o cérebro processa no momento da relação sexual. Se o cérebro de um homem necessitar sempre da quantidade e natureza absurda dos estímulos que são emitidos pela pornografia, logicamente a ereção passar a se tornar cada vez mais difícil. Cuidado… não permita que a sua masculinidade e virilidade deixe de ser natural para se tornar dependente desse tipo de vício.
Provoca a distorção dos valores relacionados ao casamento e à família
A pesquisadora e diretora do Programa de Trauma Sexual e Psicopatologia da Universidade da Pensilvânia, Mary Anne Lyden afirma: “Para os homens que mais usam pornografia há uma maior aceitação do sexo fora do casamento para os casados, maior aceitação do sexo antes do casamento e também menos atenção às necessidades primordiais das crianças – edução e atenção.” Além disso, há um desejo reduzido em ter filhos, principalmente pelo medo de que nasçam meninas.
Torna a pessoa uma eterna insatisfeita sexual
A pornografia cria uma ilusão de excelência e auge sexual que atrapalha as relações amorosas normais. A pessoa tende a se sentir insatisfeita com o que seu cônjuge tem a oferecer. Muitas vezes esse marido ou esposa vai sugerir que o outro faça coisas bizarras porque o convencional já não lhe satisfaz.
Afeta as relações familiares
O consumo de pornografia faz com que as relações familiares fiquem extremamente abaladas e comprometidas. Sentimentos como confiança, respeito, amor e principalmente admiração são abalados e, exceto se houver um completo abandono de tal prática, jamais serão reconquistados.
Leva ao divórcio
Além dos problemas mencionados, tanto a esposa quanto o marido sente-se traído se seu cônjuge é viciado em pornografia. Dificilmente um casamento nessas condições perdura.
Ela perverte o sentido do sexo, fazendo com que este tome a forma de uma prática considerada suja, imunda. Se você for a pessoa que faz uso da pornografia para se satisfazer, saiba que aqui não tenho o inuito de julgar, mas sim de alertá-los sobre o poder de destruição dessa prática, que sim, pode parecer muito prazerosa, mas trata-se de uma prazer destrutivo, como qualquer outro vício. Lembrem-se de que as drogas também causam uma sensação de grande prazer , mas que é sempre momentâneo e acompanhado de culpa e de um risco cada vez maior de dependência, destruindo a capacidade da pessoa de se relacionar sadiamente e ser feliz.
As fotos são o começo para uma possível futura perda de controle
E agora você pode pensar: “Mas eu não vejo vídeo, vejo apenas fotos”. É o mesmo que dizem os viciados em drogas: “Eu não sou viciado”, “Só vou usar um pouquinho e depois eu paro”. Aqui também não precisamos de mais argumentos, todos sabemos como funcionam as substâncias e estímulos classificados como viciantes. Lembrando que pela primeira vez, o DSM 5, manual utilizado para fazer diagnósticos psiquiátricos, vai incluir as dependências de sexo e da pornografia como doença. Então, lembre-se de que ver de vez em quando as fotos que alguns amigos (sem consciência do que isso pode causar no seu relacionamento) enviam pelo celular é uma coisa, mas passar a procurar essas fotos de uma forma ativa, assistir a filmes desse gênero ou procurar fotos e vídeos pela internet pode ser um indício de que você está seguindo pelo perigoso e desestabilizante caminho do vício. Algumas pessoas podem também se perguntar: “ Mas eu não posso mais ver filmes? Claro que pode, aqui estamos nos referindo apenas à pornografia e cenas de sexo explícito e não a filmes em que haja uma quantidade um pouco maior de cenas de sexo.
Você pode magoar sim a sua esposa
Muitas mulheres descrevem essa situação em termos que refletem trauma grave e traição.
“O mundo que eu conhecia desmoronou”; “É como se ele tivesse um caso. Não, é pior do que um caso, porque há muitas mulheres envolvidas, é uma fonte infinita de mulheres”.
Muitos homens se livram desse sentimento de culpa dizendo “Mas eu sei separar, a minha esposa eu amo, essas mulheres eu só vejo para me sentir mais estimulado”. Porém talvez seja necessário se colocar no lugar dela: imagine agora (peço que realmente imagine) que sua mulher passe a ter necessidade de ver diversos homens sem roupa e com diferentes tipos de atrativos físicos para se sentir sexualmente estimulada e que aí, sim depois de ver esses homens todos, ela passe a te procurar… Como você se sentiria?
Sua esposa pode passar a ter raiva de você
Em meio a tudo isso, as mulheres nessa situação muitas vezes descrevem sentimentos de raiva intensa e desilusão para com seus cônjuges. Então, além de se sentirem traídas e magoadas, elas tendem a perder a admiração e o respeito porque muitas vezes sentem como se todas as boas qualidades que uma vez tinham visto no seu parceiro fossem nada mais que fingimentos. As lembranças positivas passam a ficar encobertas pela consciência traumática sobre o que ele estava fazendo naqueles momentos em particular.
Mas o que você pode fazer para se seu marido ou esposa for viciado em pornografia?*
Primeiro: Reconheça que isso não tem a ver com você.
Na maioria dos casos, a exposição à pornografia começou muito antes do casamento, geralmente entre 10 e 14 anos. Infelizmente muitos homens se tornam viciados em pornografia antes mesmo de terem uma experiência significativa com mulheres reais. Às vezes, os usuários pornográficos culpam suas esposas por seu problema, dizendo que nunca estão disponíveis sexualmente o suficiente ou que elas ganharam peso após a chegada do bebê e não são mais atraentes, ou que veem pornografia quando se sentem distantes delas ou criticados por elas. Tais condições podem contribuir sim para o problema mas não devem ser utilizados como argumento. Na maioria das vezes, ele aprendeu anos antes a lidar com a frustração e o estresse usando a pornografia. Mesmo algumas das mulheres mais impressionantemente belas e sexualmente atraentes do mundo tiveram cônjuges com vício sexual fora do casamento. Então, na verdade, isso não tem nada a ver com você.
Segundo: Lembre-se de que você não está sozinha.
Milhares de mulheres partilham problemas como o seu – e milhares de homens como o dele. Nos últimos anos, muitos deles têm escrito livros ou criado programas para ajudar outras pessoas a vencerem esses problemas. Tais recursos podem ajudar no processo de cura para você e seu marido.
Terceiro: Aprenda.
Saiba mais sobre por que a pornografia na internet é tão incrivelmente viciante, e o que você pode fazer para defender a sua família contra essa influência destrutiva. Alguns bons livros para começar são “Ame-se, Odeie a Pornografia”, de Mark Chamberlain e Steurer Geoff, e “Drogas do Novo Milênio”, de Mark B. Kastleman. familia.com.br
Em quarto lugar: Reconheça que você nunca poderá resolver o problema dele.
Seu cônjuge está no comando de sua própria recuperação – e você está no comando do seus problemas. Vigiando-o, comprando livros para ele ler, responsabilizando-se pela fraqueza dele, supervisionar seu tratamento não irá efetivamente ajudá-lo a se recuperar e provavelmente vai distraí-lo de seu próprio trabalho de cura.
Quinto: Não retalie nem piore a situação desenvolvendo mau comportamentos.
Algumas mulheres têm lidado com a dor dessa situação, desenvolvendo o seu próprio vício ou problema de infidelidade. Seja esperta. Siga a sua consciência e não permita que os graves erros dele faça com que você crie os seus próprios erros.
Sexto: Nutra-se física, emocional e espiritualmente.
Cuide bem de você. Continue fazendo as coisas de que você gosta. Sua família vai precisar de sua força enquanto você e seu marido navegam por essa jornada de cura. Casamentos podem se recuperar dessa aflição. Homens e mulheres apanhados nessa rede de pornografia podem se curar e tornar-se mais fortes do que nunca.
*Essa parte do texto teve o site www.familia.com.br como fonte.
E O QUE VOCÊ PODE FAZER SE VOCÊ FOR A PESSOA VICIADA EM PORNOGRAFIA?
Finalmente, antes de se sentir um homem condenado à dependência ou de, se você for a esposa, antes de sentir raiva e acusar o seu marido, lembrem-se de que os passos mais importantes para quem deseja se livrar dessa perigosa (mas aparentemente inofensiva) mania são:
Primeiro: admita a possibilidade
Preste atenção em quantas vezes você faz uso de pornografia, de quanto esses estímulos tem influenciado na relação sexual com seu parceiro(a) e de quanta necessidade de sexo pode estar sendo intensificada pela quantidade ou frequência desses tipos de estímulos.
Segundo: peça apoio
Caso a sua esposa já tenha descoberto ou esteja desconfiada dessas suas necessidades, avise a ela que sim, você estava se apegando a esses estímulos mas que agora você já percebeu que estava entrando em uma “armadilha”. Que a partir de agora você vai se manter longe desses estímulos e que precisa do apoio, paciência e compreensão dela caso você possam não estar apresentando o desempenho sexual que gostaria. Ele pode voltar ao normal desde que haja um longo tempo de “abstinência”, sim, como se fazem com drogas. Para que o cérebro se livre as imagens que ficaram marcadas em sua memória (As imagens de pornografia são extremamente fortes e marcantes. Será difícil apagá-las da memória. Mesmo que a pessoa consiga sair desse vício, infelizmente ela terá de conviver com flashes dessas imagens durante muito tempo.
Terceiro: explore outras formas de estímulos
Estando longe da pornografia, você terá ao seu dispor um mundo novo, repleto de possibilidades que provavelmente você ainda não explorou por ter passado tanto tempo se apoiando nesses estímulos “artificiais”. Posições, carícias, confissões de desejos ainda não revelados e outros elementos podem enriquecer a vida sexual de vocês e melhor: recuperar a admiração, o carinho, o amor terno, a qualidade do desempenho sexual e principalmente o respeito por si mesmo e pelo outro.
A energia sexual é uma energia extremamente forte, profunda e vital e ela pode ser utilizada tanto para a vida quanto para a destruição, depende apenas da sua escolha. Você deve ter o poder de decidir o que fazer com a sua vida… não se permita ser dominado pelo mal que a sociedade criou e que tem destruído milhares de famílias no mundo todo. Agora, essa decisão só depende de você. E saiba que há sim Quem possa te ajudar nessa luta. Portanto, procure se fortalecer também espiritualmente, pois é exatamente esse tipo de batalha que você está prestes a iniciar. Se acha que pode ser exagero, procure prestar atenção no que essa mania tem feito com as suas emoções, com seu amor próprio e com o amor que você sente pela sua esposa (ou marido), com certeza, não há nada de positivo ou de promissor nessa caminho… só não espere chegar lá. Melhor dar meia volta!